Roadtrip: viajando de carro pela Croácia

Por Daniel Courtouke

Jornalista formado e jogador de futebol frustrado, Daniel Courtouke dá seus pitacos e dicas no Viagem 0800 sobre as viagens que fez. Como bom pão duro que é, procura sempre mostrar os atalhos mais econômicos das viagens que faz.

Viajar pra Croácia estava nos nossos planos há mais de seis meses. O país era um destino que queríamos conhecer sem falta em 2017 e uma passagem barata da Eurowings nos fez comprar a passagem ainda em 2016.

O destino era Zagreb, mas o lugar dos nossos sonhos era o lago Plitvice. Por isso, alugar um carro e emendar uma roadtrip fazia mais sentido. E foi o que fizemos.

O desafio: rodar mais de 1.000 km em 5 dias e 4 noites.

A Croácia ferve durante o verão e tudo fica um pouco mais caro. Sabe aquela ideia de que os países do leste são mais baratos?

Bom, toda regra tem exceções e a Croácia é uma delas na alta temporada. Existem preços diferenciados para entrar em parques nacionais e no comércio em geral. No aluguel do carro, é claro, não foi diferente.

Mesmo com a agenda apertada, queríamos encaixar Zadar, Split, Pula, Hvar e os parques nacionais Krka e Plitvice de quarta-feira a domingo.

foto de um celular filmando as cachoeiras do parque nacional krkaa

Chegamos em Zagreb passado do meio dia, hora local. Fomos direto pro balcão da nossa locadora de veículos pra pegar a estrada de uma vez.

A ideia era deixar Zagreb pro domingo mesmo, já que o voo de volta pra Colônia, na Alemanha, foi bem de noite.

Pegamos o carro e encaramos mais de 250 km debaixo de 30℃ logo de cara.

Pedágio

A estrada, aliás, é impecável. Pista dupla de começo ao fim, limite de 130 km/h e boa sinalização. Além disso, só tinha carrão na estrada. Achamos estranho, mas até aí tudo normal.

Ao chegar no pedágio, a primeira surpresa da viagem: pagamos 18 Euros para fazer esse trajeto Zagreb – Zadar. Estava explicado o fato de só ter carro bonito por lá. Provavelmente o pessoal local com outros carros mais velhos deve utilizar estradas alternativas para economizar nos pedágios.

O pedágio, aliás, funciona assim: na primeira cabine que houver você pega um bilhete e só paga na última cabine antes de sair da estrada pedagiada. Ou seja: o preço é calculado pela quilometragem rodada.

Caro, mas justo.

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Zadar

sol se pondo em Zadar, na Croácia

Passamos o resto da tarde e da noite em Zadar curtindo essa cidade que surpreendeu pela boemia, pelo bom humor das pessoas e pelo clima de praia brasileira. Também é tida como a cidade com o pôr do sol mais bonito do mundo. Mais sobre isso e outros pontos de visitação desse destino está aqui no Viagem 0800, em um artigo específico sobre a cidade de Zadar.

No outro dia de manhã, pegamos o nosso carro no estacionamento gratuito no centro da cidade e partimos em direção ao parque nacional Krka.

Krka

cachoeiras em krka, um dos parques nacionais mais bonitos da croácia

No caminho, rolou mais um pedágio, é claro, mas como o trajeto era curtinho – 60 km – acabou saindo mais em conta: só 3,40 euros dessa vez.

O mais legal de viajar de carro ou trem é sempre poder aproveitar as paisagens e o caminho até Krka não foi diferente, passamos por montanhas e lagos tão bonitos a ponto de parar o carro no meio da estrada!

Depois de conhecer as cachoeiras do parque e de tomar banho de rio ali, de frente pra elas, resolvemos continuar a missão de quase cruzar a Croácia em cinco dias.

Partimos pra Split, onde um apartamento muito bonitinho aguardava bem no meio da cidade antiga.

Split

palácio dioclesiano em spli

A missão do dia seguinte era sem carro, mas achar uma vaga de estacionamento grátis foi o grande desafio da noite.

Com as dicas do nosso anfitrião, esperamos até meia noite pra tirar o carro de um estacionamento regulamentado e colocar na vaga gratuita mais próxima de casa quando o pessoal que frequenta a vida noturna do centro começou a ir pra casa (afinal era una quinta-feira e os locais precisavam trabalhar no outro dia).

Na sexta-feira pela manhã, rumamos a pé para o lugar de partida dos ferry boats em Split.

Vis

Vista aérea da ilha de vis, com a baía à frente rodeada por montanhas

Embarcamos às nove da manhã para Vis, a ilha menos conhecida da região.

As famosas Brac e Hvar estavam nos planos, mas o nosso anfitrião do apartamento em que ficamos nos convenceu de que Vis era melhor.

E foi sensacional, principalmente pela Cova Azul!

Dentro da blue cave, a cova azul em uma ilha croata. à frente está um pequeno barco e ao redor uma luz forte azul compõe o resto do cenário

Conheça também a Cova Azul das Ilhas Baleares

Decidimos ir pra Vis sem carro porque a ilha é bem pequena e dá pra se virar bem por lá com os ônibus da cidade, que são em conta e eficientes.

Lagos Plitvice

vista aérea dos lagos plitvice

Depois de um dia sem carro, era a hora de rumar pro destino número um da nossa lista croata, o parque nacional Plitvice.

Em Split, tínhamos deixado o carro estacionado em lugar público que cabiam vários carros meio que amontoados.

Na hora de tirar o nosso, tinha um outro carro trancando a saída, mas com as janelas abertas e, acredite, chaves na ignição. Colado no para-brisa estava número de telefone.

Aparentemente o pessoal costuma fazer isso por lá. Ligamos para o tal número e em menos de um minuto apareceu alguém pra tirar o carro (até agora não seu dizer se era o dono, mas funcionou).

Com espaço de sobra, manobramos e dirigimos quase três horas para chegar na área do Plitvice Jezera, que significa Lago Plitvice, em bom croata.

A administração do parque faz dinheiro com tudo por lá. Até o estacionamento é cobrado (em torno de 1 Euro por hora).

Como o nosso plano croata incluiu esse parque nacional desde o princípio, decidimos deixar a agenda aberta para esse passeio, apesar de termos feito reserva de hotel em Pula, a quatro horas de lá.

Pula

entrada da arena de pula, que lembra o coliseu de roma

Acabamos saindo do parque quase sete horas da noite (ou da tarde, no verão europeu). Aí, depois de estradas grandes e pequenas e dois pedágios, chegamos em Pula quase meia noite.

Revisitando as nossas escolhas, nós dois chegamos à conclusão de que fomos um pouco gananciosos em emendar Pula nessa viagem também, já que teríamos meio dia pra conhecer a cidade, ou parte dela, e pegar mais quase quatro horas de estrada para chegar em Zagreb com tempo de sobra para voar de volta pra Alemanha.

Um dia a mais de roadtrip teria sido sensacional.

Mas como nem tudo são flores, levantamos cedo da cama no dia seguinte pra tomar café e rumar para o centro da cidade.

Depois de uma visita relativamente rápida aos principais pontos turísticos de Pula, pegamos a estrada novamente para retornar à Zagreb, devolver o carro e voar pra casa.

Zagreb

centro de zagreb na croácia - igreja possui um telhado vermelho com as cores e bandeirascroatas

De Pula à Zagreb a estrada não é somente pedagiada como também é de pista simples durante um bom trecho, o que deixa o fluxo um pouco mais lento.

Em Zagreb, aproveitamos para conhecer a cidade alta e a cidade baixa, o Museum of Broken Relationships e retornamos ao aeroporto para devolver o nosso carro e rumar de volta para Colônia e depois para Düsseldorf.

Roteiro de um dia em Zagreb: dicas do que fazer

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4 Comentários
  1. Marcela Bibiana

    Olá! Você alugou um GPS ou utilizou o celular mesmo?

    Responder
    • Daniel Courtouke

      Alugamos um carro com GPS, Marcela, mas depois de várias experiências com GPS de qualidade duvidosa em diversos carros que alugamos por aí, eu pagaria um chip de celular local e utilizaria o celular. Mas aí tem que cuidar com a bateria se você fizer muitas fotos durante o dia.

      Responder
  2. Magali Silveira

    Qual a locadora você usou? Tenho lido relatos de alguns problemas , principalmente, na devolução do carro.

    Responder
    • Daniel Courtouke

      Oi, Magali. Tudo bem? Fomos de Sixt, não tivemos problema não.

      Responder
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