Eilat está banhada pelo Mar Vermelho e é um dos pontos mais ao norte onde é possível encontrar corais… por causa disso, a cidade israelense é um destino muito popular para mergulho.
Durante nossa passagem pela cidade no finzinho de 2017, tínhamos certeza que essa era uma atividade que não poderia ficar de fora.
Onde mergulhar em Eilat?
A grande dúvida era: qual o melhor lugar para praticar o mergulho?
A cidade oferece várias opções desde um túnel em South Beach, a praia de corais… até mesmo a possibilidade de fazer mergulho na praia dos golfinhos.
Apesar de que nadar com esse bichinhos fantásticos sempre foi um sonho meu, fizemos várias pesquisas e acabamos decidindo pelo mergulho na Coral Beach.
Descartamos o túnel, pois como essa era uma das nossas primeiras experiências mergulhando, tínhamos medo de ficarmos assustados ou algo tipo…
A Dolphin Reef também caiu fora porque apesar de ler em vários lugares que os golfinhos não estavam em cativeiro, também li que eles não são nativos da região e algumas pessoas ainda diziam que eles não tinham possibilidade de sair de lá.
Mergulho na Coral Beach
Pois bem, mergulhar e poder ver alguns dos corais mais ao norte do mundo também não parecia uma ideia ruim!
Reservamos o passeio na recepção do nosso hotel, porque eles ofereciam um pacote com desconto para visitar o Observatório Submarino. Pagaríamos 220 NIS – cerca de 52 Euros ou uns R$ 200 dependendo da cotação do dia – por pessoa somente para o mergulho ou podíamos pagar 260 NIS (62 euros – 248 reais) para fazer o mergulho com o passeio.
Como só a entrada do Observatório custaria 109 NIS (23 €) por pessoa, concordamos que o combo valia a pena.
A empresa / Manta Diving Club
O Manta Diving Club faz parte do hotel Irostel, uma famosa rede de hotéis de Israel. Procuramos bastante na internet sobre a reputação da empresa antes de fechar o mergulho e as avaliações não podiam estar mais certas.
O pessoal lá foi todo muito atencioso, desde o motorista que fez o transfer do nosso hotel até o local do mergulho, até os profissionais que nos acompanharam durante o mergulho.
Nos sentimos seguros em todos os momentos e conseguimos aproveitar tudo que a experiência tinha pra oferecer.
Preparativos
O desafio começa já na hora de colocar a roupa de mergulho. O ideal é molhar o traje no chuveiro, porque assim a roupa fica um pouquinho mais elástica e fácil de vestir.
O próximo passo é testar a máscara e o pé de pato. Com tudo em ordem, era hora de receber as instruções dos nossos guias.
Fazendo joinha é pra subir, joinha pra baixo é pra descer mais, OK com a mão (aquele que pode significar outra coisa um pouco menos educada) significa que está tudo bem.
Aprendemos os sinais essenciais, vestimos o colete com o tubo de oxigênio e atravessamos a rua para chegar até a praia.
Conseguir andar com o tanque de oxigênio nas costas é – sem dúvidas – o segundo desafio! O negócio é pesado demais… mas antes oxigênio sobrando e pesando, do que levinho e faltando, né? Hahaha 😛
Na água
Entramos na água, cuspimos no vidro da máscara – pra evitar que ela embace – e a instrutora faz o teste final: o que significa isso… isso… e isso? Como faz se entrar água na máscara? Se entrar água na boca? Memória trincando… hora de começar a descida.
Os primeiros minutos pra mim sempre são os piores.
Fico assustada com tudo e sempre me pego pensando: “que ideia idiota, dona Tatiana!”. Passados os primeiros minutos e depois do primeiro desespero – quando até pedi para subir novamente, começamos a descer e eu me deixo relaxar e aproveitar a experiência.
Debaixo d’água
Ver os primeiros peixinhos me deixa tão encantada que esqueço toda a preocupação. A instrutora apontava o caminho e íamos nadando lado a lado. Nadando modo de dizer… não me considero uma ótima nadadora, mas basicamente o que eu precisava fazer era bater um pouco as pernas e tentar me manter na direção certa.
Diferente do mergulho que fizemos em Maiorca – que utiliza uma técnica chamada Peter e é basicamente um tanque grande de oxigênio divido entre 4 pessoas que ficava boiando enquanto a gente mergulhava – quando a nossa instrutora estava a frente e nos mostrava o caminho, dessa vez, a guia estava ao meu lado e até segurava a minha mão em alguns momentos.
A primeira coisa que conseguimos ver debaixo d’água foi um pequeno coral redondinho. Nadando um pouco mais, avistamos um segundo coral, muito maior e repleto de peixes.
Fiquei impressionada quando vi. Parecia uma cortina de peixes e o mais fantástico era que eles não fugiam mesmo com a gente chegando cada vez mais perto.
Quando olho pra baixo, estamos em cima dos corais. Muitos peixes a minha volta – grandes, pequenos, sozinhos e em grupos – e uma diversidade fantástica logo abaixo de mim. Fiquei um tempo olhando admirada como a natureza é maravilhosa, tentando perceber cada um dos seres vivos que formavam aquela imagem incrível na minha frente.
Quando me dei conta, era hora de seguir. A terceira e última atração submarina foi na verdade colocada lá pelo homem, pra incrementar os passeios: como se fosse parte de um naufrágio, a construção que me parece algo como a parte de trás de um barco, só que feita de cimento, hoje em dia conta com alguns corais e é a casa de muitos peixinhos.
A vista é deslumbrante. Rodeamos a construção e pudemos curtir o visual de todos os ângulos possíveis.
Saímos nadando dali e quando menos percebo já estamos pertinho da grade onde tudo começou.
Incrível como esses 25 minutos passaram voando!
Avaliando a experiência
Saindo da água tive um mix de sentimentos. A experiência – com certeza – foi incrível e ter a oportunidade de mergulhar novamente era algo que eu sonhava a algum tempo.
Mas difícil não comparar essa com outras experiências que já tive nessa vida.
Quando estivemos em Morro de São Paulo, fizemos snorkel e curtimos os corais por lá.
Mesmo só ficando nas piscinas rasas, a quantidade de vida marinha que a gente viu lá é algo impressionante. E essa experiência em Israel não ficou nem no chinelo em termos de visual.
Também teve a outra experiência com mergulho, dessa vez em Maiorca. Lá, a visibilidade do mar estava baixíssima, conseguimos ver alguns peixes e foi isso. É claro que poder mergulhar foi muito legal, mas em coisas a ver, deixou um pouquinho a desejar.
Essa última experiência agora em Eilat seria o meio termo. Os corais são muito muito bonitos, mas não estão em todo lugar como em Morro.
Então, vale a pena?
Isso é algo que só você pode dizer. Pra mim, valeu muito a pena e vou listar aqui os meus motivos:
- Mergulhar – é uma sensação incrível poder estar debaixo d’água!
- Preço – apesar do preço salgadinho, esse não é um preço absurdo para praticar mergulho. Na verdade, é uma das opções mais em conta que vimos nas nossas viagens.
- Vista – apesar de não ser repleta de atrações, você consegue ver várias coisas bonitas e ficar bobo com a paisagem!
Depois dessa experiência, uma coisa é certa… gosto muito de fazer mergulho e já comecei a estudar onde posso tirar meu certificado!
Alguém aí tem uma sugestão?
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