Máscara, álcool gel e um planejamento excessivo pra passar alguns dias fora da cidade numa casa na Holanda, a pouco mais de 200 km de onde moramos.
O que seria uma viagem espontânea e sem muito enrosco em outros tempos, agora é o grande acontecimento dos últimos 4 meses.
Essa é a vida de quem viaja daqui pra frente (pelo menos por um tempo), e, provavelmente, ainda bem longe do tal novo normal – a palavra do momento que as empresas e coaches por aí estão repetindo em excesso.
Desde que entramos em home office, começamos lockdown e fomos caminhando otimisticamente para a reabertura das fronteiras pra garantir que o povo todo não fosse obrigado a passar o verão europeu em suas casas sem ar-condicionado, a vontade de viajar ia e vinha, assim como a incerteza sobre o básico de planejar uma viagem.
Será que dá pra ir? A que medidas preciso estar atento? E se cancelarem a minha passagem de novo? Devemos viajar agora ou será que é melhor esperar pra ver como a situação evolui?
Bom, no nosso caso, seguramos a vontade nas primeiras semanas de abertura e começamos a levar à sério a ideia de planejar uma saída da cidade num futuro próximo.
Antes, é claro, passamos por aquela fase de viajar sem sair de casa, lendo sobre destinos que queríamos conhecer e revisitando alguns de nossos posts antigos pra relembrar de outras viagens, como esses aqui:
Seguimos à risca a cartilha do óbvio previsto por diversas empresas de viagem: viajamos pra perto, ficamos em uma casa (e não em um hotel) e fomos acompanhados de amigos próximos que seguiram as mesmas recomendações que a gente durante o isolamento.
Só não fomos de carro por falta de carteira de motorista mesmo.
Apesar da previsibilidade e da curta distância, acabei me surpreendendo com a viagem e com a experiência de viajar depois da quarentena.
A surpresa de conhecer um lugar lindo escondido a um final de semana de distância
Os nossos dias na Holanda não foram dedicados a desbravar a capital Amsterdã, a moderninha Roterdã ou nem mesmo a curtir uma prainha abaixo do nível do mar. Pelo contrário, fomos pra um vilarejo pequenininho e bem coladinho em Amsterdã, chamado de Ouderkerk aan de Amstel.
Lá, alugamos uma casa grande com jardim, churrasqueira e até uma cozinha no estilo ilha.
Quase ficamos de vez, mas como a dona da casa voltaria, viemos embora para as nossas humildes residências.
Ali, descobrimos um centro histórico bem bonitinho, uma prainha artificial, uma fazenda que fabrica queijo gouda e, claro, moinhos de vento.
O frio na barriga de voltar a viajar
Sabe aquele frio na barriga de quem não sabe o que esperar de algo novo? Não foi o mesmo da minha primeira viagem de avião ou de quando mudei de escola no ensino fundamental, mas ainda assim fiquei tenso-ansioso com a viagem, o que foi um sentimento inusitado e interessante.
Acabou me fazendo pensar que já não valorizava as viagens curtinhas com a devida atenção antes dessa crise toda chegar.
O que esperar das próximas viagens depois do lockdown?
Planejamento.
Até a erradicação do vírus, viveremos em um mundo menos globalizado. Cada país, cada estado, cada cidade pode ter regras diferentes e vamos precisar pesquisar mais e mais.
Enquanto houverem restrições e cuidados a serem tomados, será preciso pesquisar e planejar mais do que nunca.
Só pra ilustrar, da Alemanha pra Holanda já notamos várias diferenças: na Alemanha, é obrigatório usar máscara nas estações de trem, dentro do transporte coletivo e em ambientes fechados, como lojas e mercados. Na Holanda, no entanto, a restrição só é válida para o transporte coletivo.
Vai ter lugar que dá pra visitar, vai ter lugar totalmente fechado pro destino de onde você vem.
E pra você, como e pra onde será a primeira viagem quando isso tudo passar? Já começou a planejar? Conta pra gente nos comentários!
E mais sobre a Holanda:
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