Sair pra comer na cidade em que se vive é tranquilo. Você já conhece as melhores pizzarias do bairro, aquele restaurante japonês imperdível, aquele bar legal. Além disso, os amigos sempre indicam algo novo e por aí vai.
Ou seja, quase nunca tem erro!
Agora, quando viajamos a história é diferente. Depender do Trip Advisor ou do Google Maps, por vezes, pode sair mais caro e nem tão gostoso quanto o esperado. Vira e mexe a gente acaba comendo num pega-turista, não tem a experiência local e sai um tanto decepcionado. Certo?
Conversando com meu primo Cassio Casagrande – que nas horas vagas ataca de fotógrafo e chef com maestria – durante uma viagem, entramos no assunto justamente ao escolher um restaurante para almoçar. Ao final da discussão e de muitas risadas, saí da mesa com um papel pra seguir como guia para nossas próximas escolhas.
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Bom, se entrar numa furada na hora de decidir onde comer na viagem já aconteceu contigo e você quer saber como evitar na próxima, essas dicas são um passo a passo divertido para escolher um bom restaurante!
Como não escolher um bom restaurante
Alguém chamando para entrar
Pensa da seguinte maneira: se o colega precisa sair do restaurante pra convencer alguém a entrar, talvez o lugar não seja a melhor escolha mesmo. Em alguns lugares, o pessoal até te acompanha na rua, por uns 25 metros, na tentativa de te convencer. Definitivamente, não.
Localização muito turística
Tudo bem, quando a gente está turistando não há como evitar os lugares mais populares, especialmente se estivermos em tal lugar pela primeira vez. É natural que a fome venha na hora em que você estiver na Champs Élysées ou de frente para o Empire State, mas fique com a orelha em pé ao escolher um restaurante por essas bandas, tá?
Menu interminável
Restaurante bom tem um menu conciso. A lógica é a seguinte: se a sua especialidade são todas as comidas do mundo, há uma grande chance de que nenhum prato seja espetacular.
Cardápio em 6 idiomas
Coisa muito comum em lugar muito turístico são aqueles restaurantes com o cardápio na entrada e em vários idiomas. Isso aí, amigo, é a técnica mais pega-turista que tem. Se a sua leitura do cardápio vier acompanhada de alguém tentando te convencer a entrar a todo custo, pense duas vezes.
Lugar vazio
Entrou num restaurante vazio na hora do almoço? Eu diria que existe aí uns 20% de chances de ser um lugar bem mais ou menos. Esse critério não deve ter um peso tão grande na sua escolha, mas serve de pequeno alerta.
Banheiro sujo
“Se o banheiro é sujo, imagine a cozinha”, foi só isso que meu primo falou na hora de argumentar contra comer em restaurante de banheiro sujo. Depois disso, fiquei sempre com o pé atrás pra isso.
Comida vem muito rápido
Se a comida for fresca de verdade, tudo precisa de um certo tempo de preparo, não é mesmo? Ao notar esse ponto aqui já não tem volta. A comida já está na mesa, o jeito é torcer pra que pelo menos seja gostosa.
Como escolher um bom restaurante
Depois de ver o que cortar fora da lista de requerimentos, é preciso partir para alguns pontos a serem observados que farão a diferença na sua experiência gastronômica na viagem.
Hostess
Esse aí já indica que o preço possivelmente será salgadinho, mas se alguém aparecer na porta do restaurante para te receber e levar até a mesa (não chamando pra entrar, ok?) pode ser um sinal de que esse é um bom restaurante.
Clientela de idade avançada
Entrou e viu aquele casal na faixa dos 80 anos jantando na mesinha para dois? Olhou pro outro lado e lá estava um senhor com cara de aposentado tomando um café enquanto aguardava a conta?
Então, já temos aí uns 70% de chances da comida ser gostosa.
Flores de verdade
Se as flores da mesa são de verdade, significa que o restaurante tem um cuidado bem grande com todo o ambiente em volta. Pode dar errado de vez em quando, mas cuidado com o cliente quase sempre resulta em uma boa experiência por completo.
Cardápio no quadro de giz
Vi isso poucas vezes na vida, mas se o restaurante tiver o menu em um quadro de giz, significa que os pratos são pensados diariamente (ou semanalmente). Vale a pena dar uma chance ao lugar, grandes chances de você não se arrepender.
Toalha e guardanapo de pano
Mesma coisa do quadro de giz e das flores de verdade: mostram um cuidado com o ambiente, em mostrar um serviço de qualidade antes mesmo de focar nos pratos.
Porém…
Você provavelmente já passou por uma situação em que o restaurante parecia a casa da mãe Joana, mas tinha uma comida deliciosa ou que tinha tudo pra ser legal e no final foi a maior decepção.
Então, use esse texto como um guia bem-humorado para tentar te ajudar a escapar de lugares pega-turistas na viagem, mas não esqueça que os melhores pratos podem ser servidos em uma barraquinha de rua, como o imbatível hot dog do Mário na frente do shopping Água Verde, do melhor döner do mundo, na frente de uma estação de metrô em Berlim, ou como o Cheeseburger de Siri no porto de Reikjavik da foto aí!
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