Já pensou em esquiar na maior pista de esqui indoor do mundo? Pois é, nós tivemos essa experiência na Alemanha. Pra ser honesto, não posso comparar com o que deve ser descer uma montanha coberta de neve, até porque essa aventura aí ainda não foi riscada da nossa lista, mas para um iniciante, a adrenalina até que foi bem alta.
Na verdade, me arrisco a dizer que aprender a esquiar ou a fazer snowboard em uma pista fechada é a melhor coisa em relação ao custo-benefício, pois você gasta muito menos do que em uma pista de esqui na montanha e ainda dá os seus primeiros passos em um lugar com neve artificial e sem os desníveis que uma paisagem natural teria, o que eu imagino ser menos perigoso.
O lugar se chama Alpincenter e fica em Bottrop, relativamente perto de Colônia e Dusseldorf.
O ingresso de entrada no lugar garante um buffet de comida o dia todo, open bar de bebida não-alcoólica e até três bebidas com álcool. Ou seja, mesmo que você caia de bunda e desista do esporte, vai ter comida pra te distrair enquanto os amigos se divertem.
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A pista tem 640 metros ao todo e é considerada a maior pista de esqui indoor do mundo. A descida pode levar menos de um minuto se você for rápido.
Eu, com a cautela e sabedoria de quem sabe que uma queda ali poderia me prejudicar para o futebol de segunda-feira com o povo da firma, descia pianinho, em zigue-zague.
Já a subida demora para todos. O Guinness Book ainda não descobriu isso, mas a rampa rolante do Alpincenter também deve estar entre as maiores do mundo da categoria. São mais de 4 minutos de subida para chegar lá no alto e começar tudo de novo.
Esqui x Snowboard
O bom de começar a esquiar na pista de Bottrop é que você pode trocar o esqui pelo snowboard e vice-versa uma vez sem custos.
Foi o que eu fiz, porque fui um DE-SAS-TRE tentando esquiar. A gente resolver começar na pista onde as crianças têm aula de esqui. O lugar é um retângulo de mais ou menos 10 m x 5 m com uma mini (e põe mini nisso) descida.
Ainda assim, eu caí até amortecer a bunda. Na minha melhor tentativa, consegui emendar uns 3 metros em linha reta com os joelhos indo um de encontro ao outro até cair novamente.
Depois de conseguir me molhar com a roupa impermeável, larguei os betes, como dizemos em Curitiba, e fui atrás do snowboard.
Aí, sim, deu samba. Como eu andava de skate quando criança, consegui ter um desempenho melhor com a prancha nos pés.
Mesmo assim, caí algumas vezes. Em uma das quedas, paguei o maior mico do lugar.
Azar de principiante
Crente que eu tava sendo o Messi do gelo, peguei a câmera GoPro e comecei a filmar a descida. O problema – pelo menos pra mim – é que o início da descida fica antes da parada para o restaurante.
Basicamente a pista tem uma descida inicial, um período de uns 30 metros que é plano mas que dá pra seguir no embalo sem parar e aí sim volta a ter inclinação. Nessa parte plana, o pessoal desacelera e para para entrar na área do restaurante. Como fica difícil caminhar carregando uma baita prancha, todo mundo deixa as pranchas de snowboard e esquis encostados na parede.
Eu vinha descendo com a câmera na mão nessa primeira inclinação. Perto do restaurante, minha prancha começou a deslizar pra esquerda. Numa fração de segundo eu recuperei o equilíbrio, evitei a minha queda e, quando estava prestes a ficar feliz por não ter caído na frente de todo mundo, escutei um barulho.
Era a ponta do meu snowboard batendo em uma prancha encostada na parede. Foi o maior efeito dominó que eu já vi – e escutei. A primeira prancha que caiu derrubou a segunda, que derrubou a terceira e assim por diante.
Só me restou parar, descalçar da prancha e colocar uma por uma no lugar.
Tirando o mico, foi uma experiência super legal – e um pouco dolorida, confesso – que eu indicaria a qualquer um em uma visita à Alemanha.
Dicas para aproveitar o lugar
O lugar oferece aluguel de roupas de frio impermeáveis. Quando fomos, o conjunto de calça e jaqueta custava em torno de 10 euros para o dia.
No entanto, é recomendável levar luvas e gorro de casa, para evitar passar frio nas extremidades.
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