O Castelo da Cinderela. Não o da história ou o do Reino Mágico da Disney, mas o verdadeiro. Fica na Alemanha, em um povoado chamado Schwangau, próximo da cidade de Füssen, que por sua vez fica perto de Munique. Impressiona pela construção, pelo tamanho, pela história e pela paisagem em volta. Essa, sim, de conto de fadas.
O Neuschwanstein – boa sorte com a pronúncia – não é um castelo tão antigo como vários outros famosos da Europa, mas sua história não deixa de ser interessante por conta disso.
Sua construção era desejo antigo do rei Luís II e possui uma relação bem próxima com o compositor Richard Wagner. Wagner era um amigo do rei, tanto é que o castelo possui uma área para concertos dedicada ao compositor.
Além disso, o nome do castelo remete à ópera Lohengrin – cavaleiro do cisne – que Wagner compôs em 1850. A ópera, por sua vez, foi baseada na história de Perceval e seu filho Lohengrin.
Parece um loop eterno de referências para explicar a história do castelo, mas isso ajuda a esclarecer o porquê da aparência medieval da construção, apesar de que as obras se iniciaram no ano não tão distante de 1869.
Luís II era conhecido por suas excentricidades. Uma delas foi contratar um desenhista de cenários teatrais em vez de um arquiteto para esboçar o castelo. Mesmo assim, foram necessários dois arquitetos para garantir que uma obra desse porte, num lugar tão único e íngreme, ficasse encravada nas pedras sem correr riscos de desabamento.
Deu certo. Hoje, o Neuschwanstein é um dos pontos turísticos mais visitados da Alemanha. O curioso é que Luís II havia ordenado que interditassem as visitas ao castelo depois que ele morresse. O pedido foi atendido por apenas algumas semanas. Sorte a nossa!
O mais bonito do castelo são os arredores. Por isso, vale a pena fazer a subida a pé, passar pelos portões de entrada e seguir uma trilha que leva a um ponto estratégico para admirar o vilarejo lá de cima e que desemboca na Marienbrücke, a ponte que tem a vista perfeita do Neuschwanstein.
Essa subida a pé que falei leva uns 40 minutos (bem devagarinho) só até o portão. Há a possibilidade de subir e descer de charrete, mas aí, é claro, é preciso pagar um valor à parte (mas é uma boa opção para pessoas que não queiram percorrer trechos mais longos a pé).
Como chegar?
Quando lia dicas e descrições do castelo de Neuschwanstein, sempre achava que ficava bem próximo de Munique. É verdade que o passeio não é uma aventura muito complicada saindo da cidade da Oktoberfest, mas Füssen fica a duas horas da cidade e ainda é preciso pegar um ônibus da estação de trem até o castelo. De qualquer forma, é preciso separar um dia de sua viagem para o bate-volta.
Além disso, também existe a possibilidade de se hospedar no vilarejo do castelo. Por ali, tem vários hotéis simpáticos e aconchegantes – uma boa pedida para uma viagem romântica.
Saindo da estação principal de Munique (München Hautbahnhof), é preciso pegar um ou dois trens (dependendo dos horários de saída) e ainda um ônibus.
O RE 57504 vai até Füssen. Lá, é preciso pegar um ônibus (n° 73) e descer com praticamente todo mundo em Hohenschwangau, já na cidade do castelo: Schwangau.
Dicas
- Os passeios guiados no castelo são em inglês e alemão (mas existem áudio guias em português). É bom planejar estar na cidade do castelo antes ou até o meio-dia, porque pode ser que alguns grupos já estejam cheios e você tenha que esperar um próximo grupo para garantir sua entrada ou até ficar sem uma vaguinha.
- Vá com roupas confortáveis, a subida é lenta, mas até que dá pra suar. Além disso, leve uma garrafinha de água contigo, você talvez precise e não vai querer pagar R$ 10, R$ 12 em meio litro de água.
- Para as mulheres, é bom evitar sapatos de salto, por conta da subida e também da ponte com vista para o castelo.
Quanto custa?
É possível reservar o ingresso com até dois dias de antecedência, mas para isso, tem que pagar uma taxa extra e fornecer os dados do cartão de crédito. Para comprar ingresso no dia da visita, só mesmo no ponto de informações já no início da subida para os castelos (sim, existe um outro castelo ali, que a gente vai contar em um outro post).
Para conferir os preços, vale a pena dar uma olhadinha nesta página antes de viajar.
Existe um hotel muito bom com uma vista linda do castelo cuja dona é brasileira, Hotel Ruebzahl que recomendo muito
Que legal saber disso, Luís! Boa dica! 🙂
Fazer essa visita realmente vale a pena. O castelo é deslumbrante tanto fora quanto dentro. É muito louco imaginar que tudo isso nasceu de uma ideia né?! Agora, vamos combinar que fazer a subida a pé é só para os fortes hehehehehehe Eu recomendaria gastar um pouquinho mais e fazer a subida de ônibus. Muito mais confortável e mais rápida hehehehehe
Pois é, Carol, além de poupar a pernada, poupa-se tempo.. haha.. pra nós, a subida foi tranquila porque não conseguimos ingresso pro castelo logo que chegamos, então tivemos que esperar um bom tempo, aí deu pra subir devagarinho e tudo mais, mas realmente vale a pena pegar a charrete pra economizar um tempinho também… =)
É verdade,melhor ir de ônibus à pè cansa muito,mas a paisagem é maravilhosa,quer uma linda foto?tem a ponte Marien Plats,uma foto. Desse lugar é fantástico .