Visitar Toronto foi parte da nossa rotina diária quando passamos um tempo no Canadá visitando familiares que moram ali no entorno. Vimos muito do que a cidade tem para oferecer do ponto de vista de um turista e também tivemos muitas experiências que só os locais têm. Por isso, esse post sobre o que fazer em Toronto é um daqueles que nos enchem de orgulho aqui no Viagem 0800, pois cobre muitas atrações, das mais famosas até outras inusitadas.
Além de história, a capital financeira do país oferece uma arquitetura moderna, paisagens bonitas – tanto para quem aprecia uma fileira de arranha-céus sem fim, quanto quem gosta de natureza – e se mostra um centro cultural cada vez mais forte, sendo uma das cidades mais cosmopolitas que já visitamos.
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O que fazer em Toronto: do turistão ao menos conhecido
Toronto tem uma história interessante. Se você fosse aprender sobre a cidade na escola, precisaria olhar nas apostilas de história e geografia para entender mais sobre a hoje metrópole de 6 milhões de habitantes.
Na era do gelo, não existia nada no local. Os primeiros indícios só surgiram há mais de 12 mil anos, quando a camada de gelo começou a retrair e a área passou, então, a ser transitável.
Alguns poucos mil anos depois, os primeiros assentamentos humanos começaram a passar por lá.
Por muito tempo, Toronto (que ainda não tinha nem nome) foi uma área de passagem entre o norte e o sul.
E, depois que o clima passou a ser temperado e a permitir plantações na área, foi que o local começou a ter moradores semi-permanentes, para cuidar das lavouras e das colheitas.
Depois de 1.600, os primeiros assentamentos europeus chegaram na área. Primeiro com os franceses e depois com os britânicos, que construíram mercados de escambo.
E muitos, muitos anos depois, ao final da Segunda Guerra Mundial, houve um verdadeiro movimento de imigração europeia, assim como visto nos EUA e no Brasil, que acabou consolidando esse aspecto multi-cultural que hoje pode ser notado na cidade inteira.
Seja na diversidade étnica que pode ser vista no rosto das pessoas que cruzamos ao atravessar uma rua ou nas características bem preservadas de bairros que preservam um pouco da história de suas nações-mãe, como China Town, é possível notar que o lugar abriga as mais diferentes culturas.
Toronto Islands: uma ilha no meio da metrólope
O Toronto Island Park é um conjunto de ilhas tão grudadas umas nas outras que são normalmente referidas como a Ilha de Toronto. É como se fosse um grande parque a 15 minutos de ferry boat da cidade.
Além de um passeio legal por si só, é o melhor lugar para fotografar Toronto, sua torre e seus prédios — o famoso Skyline, como se fala na gringa.
Lá dentro tem de tudo: restaurante, prainha, parque com muito verde e até um mini parque de diversão para crianças. Vale o passeio sem dúvida, independente do estilo de viagem.
CN Tower: melhor lugar com vista do alto de Toronto
É quase que uma obrigação para qualquer turista que tem pelo menos meio dia para dedicar a Toronto. Se puder escolher, vá num dia de céu claro pra poder enxergar longe e garantir fotos bonitas da vista.
A CN Tower é uma das poucas torres que conheço que possuem mais de um nível de visitação: além do deck principal também há o Skypod. Nós temos um post detalhado sobre a experiência de subir na CN Tower com mais informações para ajudar você a se decidir.
Você não cai querer perder essa experiência numa torre de mais de 500 metros de altura.
St. Lawrence Market: o mercado municipal com gastronomia diversa
É um mercado municipal clássico, com lojinhas para se comprar produtos não prontos e também com opções de comida.
Em dias de clima bom, a dica é pegar a comida e se sentar no lado de fora no segundo andar, em uma espécie de varanda, para olhar o movimento da rua. Ali, nos comemos num restaurante italiano sensacional, o Pizza & Pasta.
Lá de cima, dá pra apreciar algum artista de rua tocando música na calçada. No dia em que visitamos o St.Lawrence Market, tinha uma dupla tocando Bossa Nova. Estava sensacional!
ROM (Museu Real de Ontário): o mudeu que é uma obra de arte
O Royal Ontario Museum fica de frente à Bloor St., uma das ruas mais elegantes de Toronto, com diversas lojas chiques, calçadas largas e também uma filial do maravilhoso centro de gastronomia italiana Eataly.
A fachada do museu é, no mínimo, imponente. Um grande triângulo prateado salta do meio da arquitetura tradicional do prédio inaugurado em 1914 e adiciona um „wow“ da boca dos que o vêem pela primeira vez. É como se a pirâmide do luvre saísse do meio do prédio.
Lá dentro, são mais de 13 milhões de peças colecionadas, variando de aspectos culturais a naturais.
Ingressos custam 23$ CAD, mas se você der sorte de estar lá na terceira terça-feira do mês, pode entrar na faixa.
Nathan Philips Square: o letreiro da cidade que atrai turistas
A Nathan Philips Square é uma praça no centro da cidade onde fica o letreiro de Toronto. É um ponto de parada de muitos turistas por razões óbvias.
O lugar em si é muito bonito, com um espelho d’água no chão e os arranha-céus ao fundo.
Do ladinho dali fica a Old City Hall (antiga prefeitura), que hoje serve como um tribunal. É um prédio muito imponente e com uma arquitetura que lembra um prédio de governo europeu com um relógio no alto e pode até ser confundido com uma igreja, devido ao tamanho de sua torre.
China Town e Little Italy: pra ver e degustar
Duas das mais fortes imigrações pós-Guerra, os descendentes de chineses e italianos conseguiram preservar a sua cultura em forma de bairros também.
China Town abriga muitas lojinhas, restaurantes pequenininhos e também pequenos exemplos da cultura chinesa na rua, como uma miniatura de dragão numa esquina, ou bancos vermelhos que mostram qual animal era o animal do ano em que nascemos.
Por outro lado, o Little Italy não tem uma cara italiana e os aspectos culturais da “Bota” aparecem com menos evidência ao caminhar por lá, mas a quantidade de pizzarias, trattorias e gelaterias é um indício de que você está no bairro certo.
Falando em comida italiana: Eataly – o sabor de Itália no mais alto nível
Já escrevemos sobre o Eataly por aqui, afinal já estivemos nas versões milanesa e paulistana. O lugar é um centro gastronômico completo, com restaurantes (sim, no plural), aulas de culinária, cafeteria e até supermercado. Tudo focado na gastronomia italiana.
Em Toronto, o Eataly fica perto do ROM, na Bloor St., a rua das lojas chiques que falei acima.
Kesington Market: o bairro alternativo que virou famosinho
O nome engana, pois o Kesington Market não é um mercado em si, mas um bairro da cidade. Tem uma aura meio hipster, com diversas lojinhas de produtos feitos à mão, fusões culinárias interessantes – como a mistura italo-jamaicana do Rasta-Pasta – e muitos lugares para comprar maconha, cuja venda e consumo é liberada no Canadá.
Passamos por lá no caminho do Little Italy e gostamos. Muita gente na rua, muitas lojinhas e restaurantes, além de casinhas em estilo vitoriano, que eu apelidei carinhosamente de casas estilo Stuart Little.
Ver um jogo do Toronto FC
Tive essa experiência em 2022, na esperança de ver a estreia de Lorenzo Insigne no Toronto FC, mas o homem se machucou um pouco antes. Não foi tão massa quanto um jogo do Borussia Dortmund, mas a MLS sabe como fazer espetáculo, então foi legal mesmo assim.
O jogo não foi dos melhores, mas o estádio é muito bonito e moderno, além de que foi interessante para ver como é um jogo em um lugar onde o futebol não é a paixão nacional.
Depois, repetimos a experiência em 2024, neste mesmo estádio, que vai sediar jogos da Copa do Mundo de 2026.
Se você quiser ver um jogo também, é bom ficar atento ao calendário da MLS (geralmente pula o grosso do inverno) e ler esse artigo aqui explicando como conseguir ingresso e tudo o mais para ir a um jogo.
Ontario Science Center: ideia do que fazer em Toronto para adultos e crianças
O Museu de Ciências de Ontário atrai muitas crianças, especialmente em épocas de férias escolares, mas não deixa de ser um lugar interessante para adultos também.
Interatividade é a palavra-chave para descrever a experiência de uma visita ao lugar. Aprende-se muito por meio de experiências práticas, ou ao menos coisas que se pode encostar, apertar botões.
Ao todo, são mais de quatro andares com diversas áreas. Acabou me lembrando muito do museu de ciências da PUC-RS, que visitei com a minha mãe em 2001 (lembro do ano porque peguei um autógrafo do Zinho em Porto Alegre).
Yonge-Dundas Square: a Times Square do Canadá
É difícil fugir do clichê comparativo na hora de descrever a Dundas Square, mas talvez seja o jeito mais fácil de explicar: é a Times Square de Toronto, com letreiros gigantes e também várias lojas.
A Dundas Square também fica ao lado de um dos shopping Centers mais famosos da cidade, o Toronto Eaton Centre, com mais de 235 lojas espalhadas em 20 hectares de área.
High Park: parque que tem um mini zoológico gratuito
Uma bolinha verde num mapa, o High Park é uma atração bem local, muito popular para quem vai sentar na grama com um livro debaixo do braço, pedalar ou correr pelas suas ladeiras ou até passear com as crianças.
O High Park tem um baita parquinho que imita um castelo medieval e é legal para ir com crianças pequenas e também um pouco maiores. Existem tobogãs de diversos tamanhos e o entretenimento (e o tão apreciado gasto de energia) é garantido.
Outra coisa que garante a diversão da criançada é uma mini versão de um zoológico, com Lhamas, Avestruzes, Búfalos e afins, que é gratuita.
O high park faz frente com o lago Ontário e muita gente vai pescar perto de um deck de observação ou direto nas margens do lago.
Path: a cidade subterrânea de Toronto
No verão um ponto turístico, no inverno uma necessidade. O Path é um caminho por debaixo da terra que conecta boa parte do centro de Toronto.
Foi uma boa maneira encontrada de superar o frio no inverno e facilitar o trânsito de pessoas sem que elas precisassem voltar para a superfície e encarar o frio e neve.
Existe um símbolo bem conhecido que indica em que lugares você pode acessar o Path.
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