Por algum motivo qualquer você vai passar apenas um dia em Berlim na sua próxima viagem à Europa? Apesar de o tempo ser curto, existe uma série de pontos turísticos que estão próximos uns dos outros e vão facilitar a sua missão de se familiarizar com a capital alemã em 24 horas (ou menos). São eles:
- Estação Central (Berlin Hbf);
- Reichstag;
- Portão de Brandemburgo;
- Tiergarten;
- Memorial dos Judeus;
- Potsdamer Platz;
- Checkpoint Charlie;
- Berliner Dom;
- Alexanderplatz;
Apesar de bem extensa geograficamente, muitas das atrações turísticas que não se pode perder em Berlim ficam relativamente próximas uma das outras, o que facilita a ingrata missão de ter que digerir um pouco dessa cidade cosmopolita tem pra oferecer em meras 24 horas e até arriscar fazer o roteiro somente a pé.
Para quem preferir, no entanto, vale a pena pensar em um roteiro de bicicleta por Berlim também.
A estação de trem que é mais bonita que muito ponto turístico mundo afora
Saindo do local que você está se hospedado, vá até a estação principal de trem da cidade, a Hauptbahnhof (algumas placas indicam como Berlin Hbf). Se você estiver chegando de outra cidade europeia, grandes chances de ser o seu ponto inicial de qualquer maneira.
É um bom ponto de partida para um roteiro de 1 dia na cidade, uma vez que a estação por si só já impressiona pela beleza arquitetônica (a parte externa do edifício é toda de vidro azul marinho).
Ali, também é possível comprar alguma besteira no supermercado ou comer algo na própria praça de alimentação. Para os fãs de futebol, existe uma loja do Hertha Berlin lá dentro, em que é possível comprar ingressos para os jogos do time, além dos tradicionais souvenires do clube.
Duas curiosidades sobre a estação central de Berlim:
- Levou 11 anos para ser construída e foi finalizada em maio de 2006 (em tempo) para a Copa do Mundo da Alemanha
- É a maior estação de trem da Europa
Para começar o passeio propriamente dito, deixe a estação pela saída do rio Spree (Südausgang). Logo na saída, você vai passar por uma ponte sobre o rio do nome acima, que aliás, abriga vários passeios de barco pela cidade e vale uma checada em uma próxima visita.
O histórico porém moderno Parlamento Alemão
Caminhando um pouco mais após atravessar a ponte, chega-se na Platz der Republik (Praça da República), que é um baita gramado verde que enche de gente em dias mais quentes. Lá está o Reichstag, prédio histórico do Parlamento Alemão que terminou de ser construído em 1894, pegou fogo em 1933 e ganhou uma cúpula semicircular de vidro nos anos 90. O edifício ganhou muita popularidade internacional quando os artistas Christo e Jeanne-Claude “empacotaram” o edifício. Para entender melhor, veja a foto abaixo:
Veja mais sobre nossa experiência em Berlim na comemoração dos 25 anos da queda do muro!
Portão de Brandemburgo: o ponto turístico que é o cartão postal da cidade
Do Reichstag ao Portão de Brandemburgo, é um pulo. O portão é, talvez, a primeira coisa que vem à cabeça quando a Alemanha entra na pauta de qualquer conversa sobre viagem.
Erguido em 1791, o portão teve a sua quadriga (aquela escultura verde com quatro cavalos em cima das pilastras) tomada por Napoleão quando a ainda Prússia perdeu uma batalha para os franceses.
Alguns anos depois, os hoje alemães recuperaram a escultura. O portão de Brandemburgo também é muito importante para os berlinenses porque ficava em uma das áreas de divisa entre Berlim oriental e ocidental.
Coluna da vitória: o monumento no coração do Tiergarten, o parque enorme
Atrás dele, aliás, fica nada mais nada menos do o Tiergarten, um dos maiores parques da Europa, que é dividido pela Rua 17 de Junho até a Siegessäule, a Coluna da Vitória. O parque rende ótimos piqueniques, dependendo da época do ano, é claro.
Ao lado do portão fica a embaixada americana, que não é nenhum ponto turístico, é claro, mas serve como ponto de referência para chegar ao seu próximo destino, o Memorial aos Judeus Mortos da Europa.
O Memorial para ser visitado ao ar livre e embaixo da terra
Uma área de 19 mil m2 foi preenchida com mais de 2 mil blocos de concreto que diferem em seu tamanho mas mantém um certo padrão de forma e distância: possuem forma de retângulo. O objetivo da obra é causar um certo desconforto nas pessoas que caminham por entre as pedras. Para os mais interessados, há um museu embaixo do memorial que vale muito a pena.
Potsdamer Platz, a casa do moderno Sony Center
Saindo do memorial, é bem fácil chegar na Potsdamer Platz, que abriga hoje em dia um dos lugares mais modernos da cidade: o Sony Center, que é composto de uma série de edifícios que se fecham em um círculo que é coberto por um toldo luminoso que fica bem bonito à noite.
Lá dentro há o Museu da Televisão – em que você pode ver uma estatueta do Oscar -, vários restaurantes e também um cinema que apresenta vários filmes em voz original; ou seja: se você manja bem o inglês, dá até para curtir uma sessão se quiser.
Checkpoint Charlie, a fronteira invisível
O Checkpoint Charlie é a sua próxima parada. Localizado na Friedrichstrasse, o lugar é um antigo ponto de passagem entre os muros: sim, algumas pessoas conseguiam permissões especiais para cruzar para o outro lado da fronteira e lá existe uma guarita com homens vestidos de guarda dispostos a tirar fotos com os turistas por alguns poucos euros.
Do Checkpoint Charlie até a próxima parada é uma boa pernada, mas para os que ainda tiverem fôlego, a caminhada é bem bonita.
Berliner Dom, a catedral da cidade
Dá para seguir pela Friedrichstrasse até a Unter den Linden (sentido Brandenburger Tor) e caminhar direto até a Berliner Dom e a Alexanderplatz.
A Berliner Dom é a Catedral de Berlim, uma construção imponente à beira do rio Spree em um lugar não menos imponente.
Grudado por ali há a Ilha dos Museus (uma série de museus que valem muito a pena caso você tenha mais tempo na cidade), além da universidade Humboldt,que abrigou nada mais nada menos do que Albert Einstein e Marx & Engels.
Alexanderplatz e a torre da TV, o centro do lado vermelho
Mais à frente, chega-se à Alexanderplatz – que era a praça central de Berlim oriental. Lá, duas construções chamam a atenção, a Fernsehturm e a Rotes Rathaus.
A primeira é a torre de televisão da cidade, que possui 368 metros de altura, se contarmos a antena.
E para chegar lá em cima? Tem elevador, é claro. E fila também, mas a vista recompensa (se o dia estiver claro).
Já a Rotes Rathaus é o local que abriga a antiga prefeitura de Berlim oriental e a atual prefeitura da cidade unificada. O nome do edifício remete à sua cor: vermelho. O prédio, como quase tudo na Alemanha, foi muito danificado durante a 2ª Guerra Mundial e teve que sofrer reparos para voltar a ser ocupado em 1956.
E aí, tem coragem para encarar esse roteiro?
Berlim é interessante no inverno tambem?
Sempre, João! É muito fria, mas tem coisas que ficam mais bonitas no inverno. Lá, vimos lagos congelados e até patinamos em um.
Vou pra Europa agora em outubro e estava ficando em dúvida sobre Berlim pois muita gente fala que é uma cidade meio cinzenta e sem vida. Mas vou arriscar mesmo assim. Gostei das dicas 🙂
Berlim não é cinza não! Vai valer a pena, Barbara! 🙂
Em 5 idas para Europa, conheci, Roma, Londres, Paris, Barcelona, Madrid, Zurich, Berna e Amsterdam, mas Berlim é, por algum motivo, a minha grande paixão. Inclusive é a única cidade que estive em todas as 5 vezes. Muitos dizem que Berlim é cinzenta e fria, e por este motivo quase deixei de conhecer esta cidade maravilhosa!
Berlim é mesmo fantástica, né, Pedro?! Quem diz que é cinzenta não esteve por lá no verão 😛
Minha filha mora em Berlim!
Realmente é uma bela cidade adoro!
O cuidado com o povo /com as pessoas é de dar inveja a esta brasileira paulista !!!!
Em setembro estive em Berlim e posso dizer que foi uma das mais belas viagens que fiz!!! Berlim é fantástica, tenho um povo educado e a história nos atrai!! Volto sempre que puder!! Esse roteiro me remeteu de forma emocionante!!!
Berlim é fantástica mesmo, Sonia! Sou um pouco parcial demais porque morei lá, mas é uma das melhores cidades em que já estive como turista também!