Viajar de trem é geralmente muito bom na Europa. Com milhares de conexões, transitar entre grandes cidades e países é bem conveniente e, por vezes, quase tão eficiente quanto embarcar em um avião. Uma das mais recentes viagens de trem que fizemos foi entre a Alemanha e a Suíça.
Quando ficamos grávidos da Nina, nós decidimos que queríamos fazer uma daquelas viagens para relaxar e ficar num hotel legal como uma forma de celebrar as últimas férias antes de sermos três. O termo da moda é babymoon – uma segunda lua de mel antes do bebê chegar.
Pois bem, foi aí que decidimos começar a busca por um hotel legal (e dentro de um preço que estivéssemos dispostos a pagar) e acabamos com duas opções favoritas, uma na Itália e outra na Suíça.
Resolvemos nos hospedar no The Cambrian, em Adelboden, na Suíça, e resolvemos ir de trem após encontrar uma ótima oferta da Deutsche Bahn, a rede de trens germânica.
O trajeto de trem e as paisagens maravilhosas…
A ida era em um trem IC direto para a Basileia (Basel), enquanto que a volta de ICE nos obrigava a fazer uma parada em Frankfurt para trocar de trem. Porém, como os modelos eram diferentes, a ida levaria 5h e a volta 40 minutos a menos, apesar da baldeação.
Decidimos que o custo-benefício em relação a voos valia a pena mesmo com a demora para chegar, já que o preço da passagem era ligeiramente mais em conta do que avião e que a viagem de trem é, em si, bem confortável, além de linda nesse trajeto em específico, já que grande parte do caminho beira o rio Reno, seus castelos e vinhedos.
Nosso trem parou em Koblenz e Mainz, por exemplo, e por um momento me deu aquela vontade de quebrar mais o roteiro e ficar pelo menos um dia nessas cidades. Como só tínhamos 6 dias e 5 noites para esse passeio, resolvemos chegar direto do lado suíço da fronteira.
A viagem foi bem agradável, ensolarada e cheia de bobagens que compramos em Dusseldorf para comer no caminho.
Com certeza, repetiremos a dose no futuro, já que a distância e tempo de viagem não é exagerada. Além disso, vira e mexe é possível encontrar promoções para fazer esse caminho.
Como organizar uma viagem de trem entre Alemanha e Suíça
O primeiro passo é checar na internet se há alguma promoção ou trecho em conta. Você pode fazer isso tanto no site da Deutsche Bahn (DB), a empresa de trens alemã, ou na SBB, a versão correspondente na Suíça (os dois sites possuem versões em inglês).
No nosso caso, encontramos uma oferta do Sparpreis da DB, que é uma passagem promocional.
Existe também um ticket intermediário em termos de preço que inclui o city-ticket da cidade (só funciona para destinos na Alemanha), em que você pode utilizar o transporte da cidade na chegada também. Esse tipo de bilhete é interessante para quem chega ainda com tempo de aproveitar o dia no destino final.
Tipos de trem: rápido, mais ou menos e pinga-pinga
A Tati tem um post explicando os diferentes tipos de trem e passagens, mas o que você precisa saber de antemão é que o ICE é o trem mais ligeiro por aquelas bandas e que com ele as viagens tendem a ser mais rápidas.
Existe também o IC ou EC, que também são rápidos embora um pouco mais lentos (vide o exemplo do começo deste artigo, com as cinco horas no trem direto contra as 4h20 de viagem de ICE contando com uma troca).
Vale a pena cruzar da Alemanha pra Suíça ou vice-versa de trem?
Na maioria dos casos, sim. Agora, se você planeja fazer muitas paradas em diversas cidades, quem sabe valha a pena ir de carro, mas considere que na Suíça existe pedágio (e dos caros), se você entrar no país com um veículo.
Pesquise sempre com antecedência para ver como são as opções de transporte para e nas cidades em que quiser visitar. No nosso caso, por exemplo, decidimos que seria melhor visitar os três destinos do nosso roteiro (Adelboden, Berna e Basileia) de trem e ônibus de linha.
Para quem for passar um tempo grande no país em questão, pode ver se vale a pena comprar um passe que inclua muitas viagens, como o Swiss pass, EU rail, etc.
Quanto custa viajar de um país pro outro?
Geralmente as tarifas mais baratas começam na faixa dos 30 euros por trecho (imaginando que o destino inicial não esteja coladinho ali na fronteira). Ou seja: pode não sair tão barato assim, mas 60 ida e volta não é uma ideia tão ruim se não existir nenhum aeroporto que tenha linhas aéreas de baixo custo por perto.
No nosso caso, conseguimos uma passagem por 100 euros ida e volta por pessoa desde Dusseldorf até a Basileia, o que não é nem de perto os 10€ que pagamos para ir a Romênia de Ryanair, mas era muito mais em conta que os 180€ que vimos no google flights para o período.
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E você, já teve alguma experiência de trem na Alemanha ou Suíça? Conta pra gente como foi!
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